domingo, 8 de setembro de 2013

25 anos da Reserva Natural das Desertas

  Pois foi, sábado acordamos cedo e por volta das 8:30 da manhã lá estava-mos nós junto ao barco (Sea Life) prontos para ir à descoberta daquelas ilhas que sempre ali estiveram e que muitas vezes apenas as vemos de longe, sem saber os grandes tesouros ao nível da biodiversidade e geodiversidade que por ali andam. 
 E lá fomos nós por voltas das 9 horas e alguns minutos arrancamos do porto do Funchal com destino traçado até a Deserta Grande, pelo caminho adivinhava-se algum tempo instável pois as ilhas ficam a pouco mais de 40 km e era praticamente impossível visualiza-las devido ao nevoeiro que por ali fazia-se sentir.
 Passando pela reserva do Garajau e depois um pouco mais à frente tinha-mos um encontro já esperado por todos com alguns cetáceos que neste caso eram um pouco tímidos, pois o golfinho roaz que por aqui passa nem sempre é muito sociável ficando sempre um pouco afastados do nosso barco, mas foi bela a vista de animais tão bonitos que muitos infelizmente não têm a possibilidade de ver.
 Feita uma paragem de cerca de 15 minutos segui-mos de novo em direção ao nosso destino, e depois de cerca de duas horas e vinte minutos lá chegamos ao nosso porto final, e tenho a vos dizer mas que porto, pois as águas são muito límpidas a vida marinha é incrível tanto pela quantidade como pelo tamanho dos peixes, dos búzios, das lapas, dos caramujos, das cracas, tudo parece mais bonito e maior, pois tudo é como devia de ser protegido.

Percurso marítimo realizado.

 Com uma chegada que mais parecia saída de um filme em que tínhamos no porto uma comitiva que tocava gaita-de-foles e djembê, muito calorosa e muito tropical ao mesmo tempo.
 Lá desembarcamos e tivemos uma excelente receção pelo pessoal do parque que foram todos muito, mas muito atenciosos pois estavam sempre disponíveis e sempre a acompanhar estes convidados de honra pois fomos tratados como tal. Em seguida tivemos um tour de toda a zona da doca onde podemos encontrar um trilho desenhado para que quem ali passa possa conhecer parte da flora e da fauna que poderá encontrar naquelas ilhas. Uma passagem na tenda do projeto EcoCompatível programa esse que tem o mais alto patrocínio da Presidência da Republica. 
 Depois de percorrer estes pequenos trilhos tivemos algumas horas para desfrutar daquela bela reserva tendo liberdade de fazer desde praia, a mergulho para aqueles que levaram o óculo e as barbatanas, ou até mesmo fotografia para os que para ali tinham ido com esse mesmo objetivo.

 Por volta das cinco horas mais uma surpresa, pois a organização colocou diversos músicos em diferentes partes dos trilhos a tocar para aqueles que os visitavam, o que foi deveras interessante, pois de repente parecia que estávamos numa ilha deserta circundada de mar e musica.


 Infelizmente o concerto final foi cancelado pois a chuva lá tinha voltado de novo e sendo atividades ao ar livre era impossível realiza-lo pois a chuva foi curta mas forte molhando os instrumentos daqueles que ali tinham ido para completar ainda mais o nosso dia (o nosso agradecimento a eles também pois apesar de não ter corrido como pretendiam merecem-no com certeza). Tudo isto levou a que o Diretor do Parque Natural o Dr. Paulo Oliveira fizesse um pequeno discurso, no qual agradecia a cada um de nós de ali estar, este discurso ao contrário do que muito podem pensar não foi feito de animo leve, pois notava-se que o diretor do parque estava muito emocionado e sentido pois infelizmente a chuva tinha mudado o plano do dia e ele queria cumprir com aquilo que havia prometido aos seus convidados, mas no final tudo se compôs novamente e podíamos ver na sua cara que com uma musica improvisada por quem também nos havia recebido foi um dos momentos mais bonitos do dia, pois todos nós "tocava-mos calhaus" ao som da gaita-de-foles numa musica de despedida, fica aqui o nosso obrigada ao Dr. Paulo Oliveira e a todos os colaboradores do Parque que foram simplesmente espetaculares.

Cláudio Jardim
08/09/2013

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